Quando o amor dói

O amor dói, quando não pode ser vivido.
O amor dói, quando é unilateral.
O amor dói, quando existem muros intransponíveis.
Sim, o amor também machuca... Muito.

Quando ele é insegurança.
Quando ele transforma o silêncio em palavras que magoam.
Quando eu uso meu ego e ciúme para ferir o outro.
Quando ainda não sei usar o silêncio para amar.

O amor não deveria doer, mas ele dói.
Ele não deveria produzir lágrimas, mas ele entristece.
Não deveria sangrar, mas ele corta.
O amor é uma confusão.

Ele nasce da paixão.
A paixão é aquela atração que temos pelo outro, quando encanta.
Depois que isso passa, o coração vai sendo preenchido pelo amor.
Mas isso não significa que ele será vivenciado.

Então optamos por dar a intimidade.
E como disse o anjo-menino, é pior que a solidão, pois é delas que nascem as mazelas.
A amor é tão sem graça, aparece do nada.
Nos faz gostar de quem a gente nem esperava.

Ah o amor é mesmo uma peça, que não serve para nada.
Só para nos deixar abobalhado e confuso.
Ou será que o nome disso é paixão?
Não, não é paixão, pois essa, acaba.

Paixão não ultrapassa as barreiras e tempestades.
Paixão não é de dar chances. Quem dá chances é o amor.
Sabendo disso, resolvi mudar.
Voe se quiser, mas saiba que amo você!

Se quer acreditar que o amor é isso: "Esconder como o ladrão esconde as provas de um crime e nunca falar que ama alguém mesmo amando".
Poeta, talvez a sua sinceridade ainda possa ser medida, em um mundo de inverdades. Quem sabe?
Quem sabe o que é certo nesse mundo onde as únicas certezas são: evolução e morte?
O amor dói nesse instante, quando lhe vejo partir!